Arquivos de tags: Sociedade

Conclusões do Livro Personal Wealth From A Global Perspective

Uma série de conclusões importantes podem ser tiradas a partir da discussão dos estudos do livro editado por James Davies. A maioria destas conclusões são de natureza positiva [o que é], mas algumas são normativas [o que deveria ser]. É claro que a baixa riqueza e o pouco acesso a crédito podem exacerbar os problemas de pobreza em países em desenvolvimento e em transição.

Continue lendo

Contribuições do Livro Personal Wealth From A Global Perspective

O livro editado por James B. Davies, Personal Wealth From A Global Perspective (Great Britain,  Oxford University Press, 2008. 467 p.) é dividido em quatro partes. As duas do meio, que são as mais longas, cobrem a distribuição de renda nos países em desenvolvimento e emergentes, e o papel de certos tipos de ativos importantes no desenvolvimento e desempenho econômico. A seção final tem um único capítulo que apresenta as primeiras estimativas disponíveis da distribuição global da riqueza das famílias. A primeira seção define o cenário para observar a riqueza no mundo desenvolvido, onde obtém-se os melhores dados.

Continue lendo

Definições e Questões Conceituais sobre Riqueza

A definição de riqueza é simples: o valor dos ativos (bens e direitos) menos as dívidas. No entanto, há um debate sobre quais bens devem ser nela incluídos, e há problemas de avaliação. Dificuldades maiores centram-se do lado dos ativos (haveres), em vez de lado das dívidas (deveres). Por exemplo, os direitos de pensão devem ser incluídos? Benefícios de fundos de pensão com base no patrocínio do empregador podem ser considerados como adiamento da remuneração do trabalho, e parte, portanto, do retorno sobre o capital humano. Mesmo que tais direitos de pensão sejam incluídos na riqueza não-humana, deve-se dar um desconto, tendo em vista a sua falta de liquidez? E quanto ao estado dos direitos de Previdência Social, dado que os benefícios podem ser legalmente alterados, mesmo sem a permissão ou a eventual compensação de seus “donos”? Existe, realmente, um direito de propriedade sobre tais pensões?

Continue lendo

Uma Visão Geral da Riqueza Pessoal

O livro editado por James B. Davies, Personal Wealth From A Global Perspective (Great Britain,  Oxford University Press, 2008. 467 p.) examina os bens pessoais ou a riqueza sob uma perspectiva global. A riqueza é o valor dos ativos físicos e financeiros menos as dívidas. É variável crucial para as decisões básicas, gastar ou aplicar, determinante do bem-estar, e está sendo estudada com cuidado em um crescente número de países. Embora comparações internacionais valiosas têm sido feitas, não tinha sido feito, até o lançamento desse livro, uma tentativa de integrar, plenamente, as perspectivas nacionais e olhar para a riqueza pessoal do ponto de vista global.

Por que estudar a riqueza?

Continue lendo

Antecedentes Nativos da Terrae Brasilis: Índios

 

Se um estrangeiro perguntar a um brasileiro sobre os índios, cujos antecedentes moravam aqui muito antes dos europeus ou africanos, possuindo ou não escolaridade em nível de Ensino Superior, provavelmente ele terá pouco a informar. Com muito esforço, se leu Casa Grande & Senzala, de autoria de Gilberto Freyre, tentará se recordar do papel do indígena na formação da família brasileira. Devido à essa ignorância geral, é muito relevante ler a reportagem abaixo sobre as condições de vida atual de nossos antecedentes nativos: os índios.

Continue lendo

Reforma do Modelo Sueco de Estado de Bem-Estar Social

Fonte: The Economist (13 de outubro de 2012)

O “Acordo de Saltsjöbaden”, assinado entre sindicatos e empregadores, em 1938, inaugurou o sistema de consenso das relações de trabalho, que continua a ser um dos pilares do modelo econômico da Suécia. Hoje em dia, a cidade onde foi assinado o Acordo é famosa por uma razão diferente. É um dos mais elegantes subúrbios de Estocolmo, e recebe a definição de “Sunny Side“, em uma comédia de televisão popular que zomba de novos ricos do país. No show, os moradores yuppies de Saltsjöbaden se preocupam sobre como conseguir colocar seus bebês nas melhores creches. Uma criança mal comportada chega a ser ameaçada de desterro em Fisksätra, um enclave pobre e distante, onde imigrantes de 100 países se apertam em blocos de apartamentos em ruínas.

Continue lendo

Queda na Desigualdade da América Latina

Uma tendência que varreu toda a América Latina foi a renda dos pobres terem subido na última década, levando a uma grande queda na desigualdade. Na maioria dos países latino-americanos, o coeficiente de Gini em 2010 foi menor que em 2000. A média da região, de 0,5, caiu de quase 0,54, há uma década, e está menor do que em qualquer momento dos últimos 30 anos (ver gráfico), embora ainda elevado em relação a outras regiões. A julgar pelas evidências da Argentina, o único país da América Latina a publicar estatísticas sobre as declarações fiscais de alta renda, os 1% mais ricos ainda estão bem na frente do resto. Mas essa concentração é mais do que compensada pela diminuição das disparidades mais abaixo na escala de renda.

Continue lendo

A Grande Compressão

Durante décadas, os rendimentos na parte inferior e no meio da distribuição cresceram mais rapidamente do que aqueles que estão no topo. O momento e a escala exata variaram. Na América, as disparidades declinaram mais rapidamente nos anos 1930 e 1940; na Europa, após a Segunda Guerra Mundial. O Coeficiente de Gini da América chegou a uma baixa de cerca de 0,3, em meados dos anos 1970, e a Suécia bateu em cerca de 0,2 ao mesmo tempo. Na maioria das economias avançadas, o fosso entre ricos e pobres, na década de 1970, era muito mais estreito do que tinha sido durante os anos 1920. Esta foi a era amplamente conhecida como a da “Grande Compressão“.

Continue lendo

Medidas da Disparidade de Renda

A desigualdade econômica pode ser medida de várias maneiras: pela distribuição de riqueza, renda ou consumo, ou entre raças, sexos, regiões ou indivíduos. A imagem resultante pode variar muito. Na América, por exemplo, a diferença de renda entre negros e brancos, homens e mulheres, tem diminuído ao longo dos últimos 30 anos, mesmo que entre os indivíduos tenha aumentado. As disparidades no consumo são sempre menores que as disparidades de renda, porque as pessoas poupam e tomam emprestado para suavizar seus padrões de vida. A distribuição da riqueza é geralmente menos igualitária que a distribuição dos rendimentos anuais. As diferenças entre rendas pré-taxação são maiores que as da renda disponível depois de impostos e transferências governamentais.

Continue lendo

Desigualdade Social no Mundo

Reportagem especial de The Economist (13 de outubro de 2012), Na Riqueza e Na Pobreza, de autoria de Zanny Minton Beddoes, apresenta um útil resumo do debate sobre desigualdade social no mundo, embora, evidentemente, adote a linha editorial da revista neoliberal. Vamos sintetizá-la em uma série de posts.

Continue lendo