Em alguns aspectos, a ligação entre disparidades de renda e menor mobilidade social é surpreendente. De aulas de violino a tutores para testes, os pais ricos podem ajudar mais a seus filhos, melhorando suas chances de entrar nas melhores universidades. A dedução é que a provisão pública de serviços básicos, embora devesse ser meritocrática, nomeadamente, no acesso à educação, ela deve ser compensada de maneira suficiente a contrariar a vantagem inicial de nascença e dar a todos a chance de um começo profissional razoável.
Isso nunca foi verdade em países pobres com serviços sociais rudimentares. Cada vez mais, isso parece ser verdade em países ricos, particularmente na América do Norte. Mas a ligação entre desigualdade e mobilidade em declínio não é inevitável. Países como a Suécia, que investem pesadamente (e progressivamente) nos serviços públicos são mais propensos a evitar a desigualdade de renda através da redução da igualdade de oportunidades. E a América Latina mostra que investir mais na educação de crianças das camadas de baixa renda pode melhorar a mobilidade social, mesmo nos lugares mais estratificados.